Código
RC173
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: RETINACURITIBA - Dr. João Guilherme de Moraes
Autores
- LUCAS VILELA GALLINA (Interesse Comercial: NÃO)
- LEONARDO SCHIOCHET (Interesse Comercial: NÃO)
- LAURA VILELA PAZZINI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANTI-VEGF ASSOCIADO A LASER E CRIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE DOENÇA DE COATS - UM RELATO DE CASO
Objetivo
Reportar um caso de Doença de Coats (Coats) com evolução favorável após uso de anti-VEGF associado a laser e crioterapia (Crio).
Relato do Caso
Masculino, 14 a, encaminhado por baixa acuidade visual (AV) em OE há 1 ano, ao exame apresentou AV OD 20/20 e OE 20/400, à biomicroscopia (BIO) sem alterações. Angiofluoresceinografia (AF) e oftalmoscopia binocular indireta em OE alteração semelhante a Coats ou tumor vasoproliferativo inespecífico. Indicado Eylia® intravitreo (IV). Após 9 dias, à AF OE houve melhora do liquido subretiniano (LSR) e à tomografia de coerência óptica (OCT) ausência de LSR. Realizado laser retiniano em áreas com ausência de LSR associado a Crio em OE. Sem complicações no PO imediato e após 30 dias mantinha quadro clinico estável e AF OE com melhora objetiva. Solicitada nova AF e OCT após 30 dias, com inatividade do quadro.
Conclusão
Coats é uma desordem vascular exsudativa rara. Morris e col. descrevem uma incidência de 0,09/100mil (Morris B, Foot B, Mulvihill A (2010) A population-based study of Coats disease in the United Kingdom I: epidemiology and clinical features at diagnosis. Eye 24: 1797-1801), geralmente unilateral em homens jovens. Definida por telangiectasias retiniana com exsudação lipídica intra ou SR e hemorragia, podendo evoluir para descolamento exsudativo de retina. As queixas são diminuição da AV, estrabismo e/ou leucocoria. A etiologia sugere que seja por mutação somática do gene NDP que resulta em deficiência de norrina produto responsável pela vasculogênese da retina. O diagnóstico (Dx) é feito através do quadro clínico, exame físico e de imagem. Os principais Dx diferenciais para pacientes jovens com leucocoria são retinoblastoma, persistência da vasculatura fetal e vitreoretinopatia exsudativa familiar. O tratamento pode variar de observacional até laser, anti-VEGF IV e cirurgia. O prognóstico está relacionado à severidade e idade de instalação. Dessa forma, conclui-se a importância do conhecimento desta patologia e do perfil dos pacientes acometidos, visto que essa desordem é Dx diferencial de retinoblastoma.
ANVISA: 25352012367201880