Sessão de Relato de Caso


Código

RC193

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Regional de São José

Autores

  • ALEXANDRE BATISTA ESPERIDIAO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Helio Shiroma (Interesse Comercial: NÃO)
  • Maurício Martinazzo (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ENDOFTALMITE ENDOGENA SECUNDARIO A ARTRITE SEPTICA: UM RELATO DE CASO PEDIATRICO

Objetivo

Descrever uma condição rara de endoftalmite endógena em um indivíduo da faixa pré-escolar secundária a uma artrite séptica de localização atípica para a faixa etária.

Relato do Caso

Pré-escolar de 2 anos, iniciou um quadro febril agudo, evoluindo em dois dias com edema periorbital à esquerda. Referenciado ao hospital pediátrico para avaliação oftalmológica inicial, que aventou o diagnóstico de endoftalmite em olho esquerdo e recomendou sua transferência ao serviço de referência em Oftalmologia. Admitida no serviço de Oftalmologia 6 dias após o inicio do quadro em olho esquerdo, apresentava-se com grande quantidade de fibrina em câmara anterior, edema de córnea e discreto edema palpebral. A ultrassonografia ocular revelou a presença de ecos vítreos e a tomografia de crânio e órbitas não revelou alterações significativas. Em concordância com a suspeita diagnóstica prévia de endoftalmite em olho esquerdo, foi recomendado a aplicação intravítrea via Pars plana de Vancomicina e Cetazidime e ampla investigação sistêmica de possível foco primário de infecção, em vista da forte suspeita de Endoftalmite de origem endógena. Após relatos dos pais de desconforto à mobilização de ombro esquerdo de início recente nesta internação, a criança foi submetida à ultrassonografia desta articulação revelando um importante derrame articular com debris. Submetida então à artrotomia cirúrgica imediata, lavagem articular e coleta de material, que revelou na cultura positiva para Staphylococcus aureus e Escherichia coli, firmando o diagnóstico de Artrite Séptica de ombro esquerdo.

Conclusão

Endoftalmite endógena permanece como uma condição rara, e ainda mais atípica na faixa pediátrica A principal rota de contaminação continua sendo a direta (exógena) em adultos e crianças. Artrite séptica é uma patologia dos extremos de idade, em crianças destaca-se o acometimento das articulações de membros inferiores. Artrite séptica da articulação gleno-umeral é rara. Os patógenos identificados estão entre os principais responsáveis por endoftalmite e artrite séptica.

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