Código
RC243
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Hilton Rocha
Autores
- LARISSA SOARES BIANCHI (Interesse Comercial: NÃO)
- Jessica Veras Gonzaga de Moura (Interesse Comercial: NÃO)
- Julieta Micherif Filgueiras Heugas (Interesse Comercial: NÃO)
Título
TELANGIECTASIA DE MACTEL TIPO 2: ASPECTOS CLINICOS E ANGIOTOMOGRAFICOS
Objetivo
Relatar e trazer a discussão um caso de Telangiectasia de Mactel tipo 2 de prognóstico reservado, bem como avaliar o diagnóstico através da Angiografia por Tomografia de Coerência Óptica.
Relato do Caso
EGST, sexo feminino, 60 anos, com queixa de metamorfopsia há 6 anos. Hipertensa e tabagista; nega traumas ou cirurgias oculares prévias. Apresenta AVc/c: 20/25 AO; a biomocroscopia revelou apenas catarata incipiente AO. Ao exame fundoscópico, apresenta: DO róseo, E/D aumentada em ambos os olhos, reflexos maculares diminuídos, suave área acinzentada justa-macular com alguns pontos discretamente hiperfluorescentes temporais a mácula. A Retinografia demonstrou degeneração microcística na região foveal; a OCT demonstrou presença de pequenas alterações císticas na retina interna, com disrupção das camadas internas de fotorreceptores, sendo maior o comprometimento foveolar da zona elipsoide em OE. Foi solicitada OCT-A no qual foi observado presença de telangiectasia e distorção dos capilares no plexo venoso profundo e coriocapilar confirmando a hipótese diagnóstica de MacTel tipo 2. A conduta foi expectante para esta paciente.
Conclusão
A telangiectasia macular tipo 2 é uma doença bilateral de causa desconhecida, com alterações características da rede capilar macular e da atrofia neurossensorial. A sua prevalência é de 0,1% em pessoas acima de 40 anos. A sintomatologia é inespecífica, como perda da acuidade visual, presença de escotomas e metamorfopsia. Como as alterações na biomicroscopia são bastante sutis, principalmente nos estágios iniciais, os estudos de imagem são de suma importância no diagnóstico dessa condição. A OCTA é a mais nova modalidade de diagnóstico para esta doença, por ser um exame rápido e não-invasivo que permite a detecção de fluxo sanguíneo através dos plexos retiniano e coroidal sem a injeção endovenosa do corante; além disso, diferentemente da AGF, a OCTA permite que os plexos retinianos superficial e profundo sejam estudados separadamente, sendo, portanto, considerado o exame ideal para esta doença.
ANVISA: 25352012367201880