Código
RC158
Área Técnica
Oncologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos (FUNCIPE)
Autores
- AMANDA ALEXIA RODRIGUES VIEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- CARLA FERREIRA DE ASSIS (Interesse Comercial: NÃO)
- JAILTON VIEIRA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
SARCOMA DE KAPOSI COMO UM DIAGNOSTICO INCOMUM DO OLHO VERMELHO CRONICO
Objetivo
Relatar um caso de sarcoma de Kaposi conjuntival bilateral em paciente portador de HIV em uso de terapia antirretroviral.
Relato do Caso
PJS, 34 anos, masculino, foi encaminhado ao serviço de oftalmologia da Funcipe para investigação de olho vermelho crônico. Paciente já havia sido examinado em diversos serviços de oftalmologia e tratado como conjuntivite, hemorragia subconjuntival e lesões infecciosas. Apresentava ao exame, em ambos os olhos, hiperemia conjuntival e lesão nodular de cor avermelhada localizada na conjuntiva bulbar. Paciente já acompanhado em serviço de infectologia por ser portador de HIV, estava em uso de terapia antirretroviral. Realizado biópsia excisional de tumor de conjuntiva que, primeiramente, concluiu lesão compatível com pterígio. Como o resultado não era condizente com o quadro clínico, foi solicitado revisão de lamina, que evidenciou epitélio estratificado pavimentoso com leve ceratinização, moderada acantose sem perda da polaridade e infiltrado inflamatório com presença de células fusiformes em torno de vasos, proliferação vascular, extravasamento sanguíneo, vasos ectásicos e presença de muitas células e glóbulos eosinofílicos, tendo por conclusão sarcoma de Kaposi. Após resultado foi avaliado envolvimento visceral, com realização de endoscopia digestiva alta e tomografia computadorizada torácica, abdominal e pélvica, dentro da normalidade. Paciente foi tratado com imuno e quimioterapia e evoluiu com melhora das lesões oculares dentro de um mes de tratamento.
Conclusão
É a lesão mais comum do segmento anterior associada ao HIV e cerca de 20% dos casos sao na forma ocular, sendo a primeira manifestação da doença em cerca de 10% dos pacientes. A forma conjuntival cursa com hiperemia cronica e pode ter seu diagnóstico retardado. Ressaltamos a importancia da inclusao desse diagnóstico, apesar de incomum, em pacientes soropositivos com conjuntivite cronica a fim de permitir maior chance de regressao da lesao com tratamento apropriado.
ANVISA: 25352012367201880