Sessão de Relato de Caso


Código

RC133

Área Técnica

Oculoplástica

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade de São Paulo (USP)

Autores

  • CAROLINE MAGALHAES LOPES (Interesse Comercial: NÃO)
  • Antonio Augusto Velasco Cruz (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RARO CASO DE FISTULA ARTERIOVENOSA DURAL

Objetivo

Relatar o caso e quadro clinico indolente

Relato do Caso

Homem, 56 anos, morador de rua, sem antecedentes oftalmológicos, etilista, tabagista e usuário de drogas, compareceu ao serviço de emergência com história de trauma contuso ocular à esquerda (OE) há 1 dia. Queixando de dor e edema peri-orbitários. TC de crânio e órbita evidenciou fraturas de lâmina papirácea, assoalho e parede lateral em OE, e alterações sugestivas de malformações arteriovenosas em hemicrânio direito. Em avaliação pela oculoplástica, paciente apresentava proptose e dilatação venosa em região frontal de hemi-face direita e enoftalmo OE. Biomicroscopia com dilatação venosa escleral em olho direito (OD) e tonometria normal. Em fundoscopia, mácula sem alterações e nervo óptico com escavação de 0.7 em OD e 0.8 em OE, associado à discreta palidez temporal bilateral. OCT revelou perda de camada de fibras temporal em OD e perda temporal e inferior em OE. CV 24:2, sem alterações em OD e presença de escotoma nasal superior em OE. RNM evidenciou hipertrofia acentuada de v. oftálmica superior, v. supraorbitária e v. palpebral superior á direita e acentuada hipertrofia e arterialização de seio cavernoso sugerindo diagnóstico de fístula carótido cavernosa de alto fluxo. Arteriografia diagnosticou fístula artério-venosa dural (FAVD) esfeno-parietal, associada ectasia e tortuosidade venosa intra orbitária e intracraniana à direita. Paciente realizou arteriografia com embolização com Onyx.

Conclusão

As FAVD envolvendo seio esfeno-parietal são raras e pouco relatadas na literatura. Podem ser idiopáticas, decorrentes de trauma ou trombose do seio venoso. Quadro clínico inclui amnesia transitória, perda de consciência, proptose, quemose, ingurgitamento venoso e pode cursar com aumento de pressão intraocular e atrofia de nervo óptico. São diagnósticos diferenciais, fístula carótido cavernosa e outras fístulas FAVD, trombose de seio Dural e malformações arteriovenosas. O tratamento de escolha é arteriografia com agente de embolização Onyx, seguido ou não clipagem cirúrgica da veia de drenagem

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