Título

HEMATOMA SUBPERIOSTEAL DE ORBITA APOS MANOBRA DE VALSALVA: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar o caso de um paciente com hematoma subperiosteal de órbita direita ocorrido após manobra de valsalva.

Relato do Caso

RRBR, sexo masculino, 43 anos, hígido, deu entrada no setor de Urgências Oftalmológicas do Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas-Universidade Federal de Minas Gerais, relatando que, há 1 dia, durante episódio de vômitos, sentiu sensação de “pressão” no olho direito, além de dor leve e diplopia intermitente. Ao exame apresentava em olho direito: Acuidade visual com correção de 20/25-3. Pressão intraocular de 16mmHg. Ptose palpebral superior leve. Edema mole periorbitário, sem sinais flogísticos ou de crepitação e ausência de proptose. Olho calmo. Câmara anterior formada, sem reação de câmara. Córnea transparente, flúor negativa. Cristalino transparente. Fundoscopia sem alterações. Ao exame de movimentação extraocular observou-se pequena restrição na supradução, supradextroversão e levodextroversão. Exame do olho esquerdo sem alterações. Durante exame paciente não queixou diplopia. Reflexos pupilares estavam sem alterações. Ausência de defeito Pupilar aferente relativo. Foi submetido a Tomografia Computadorizada de órbitas, que evidenciou um formação hiperdensa de aspecto biconvexo na parede medial e superior da órbita direita, diagnosticada como hematoma subperiosteal de órbita direita. Diante do quadro foi adotado por manter conduta expectante e paciente evoluiu com melhora completa.

Conclusão

Apesar de raro, o hematoma subperiosteal deve ser lembrado como diagnóstico diferencial de patologias que acometem a órbita. Seu reconhecimento precoce é importante para o manejo adequado, afim de evitar complicações.