Código
RC271
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Autores
- GUSTAVO GONÇALVES RODRIGUES (Interesse Comercial: NÃO)
- GERALDO ANTONIO RONI NETO (Interesse Comercial: NÃO)
- THIAGO DE FARIA GALVÃO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
REAÇAO PARADOXAL NO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE OCULAR
Objetivo
Relatar o caso de um paciente que apresentou reação paradoxal no tratamento da Tuberculose ocular.
Relato do Caso
Paciente sexo masculino, 48 anos, compareceu a Clínica de Olhos SCBH com queixa de baixa visão em olho direito (OD) há aproximadamente 1 mês. História de trauma em olho esquerdo (OE) há 20 anos com perfuração corneana associada. Hipertenso e Diabético. À biomicroscopia apresentava em OD: Hiperemia ocular, córnea transparente, flúor negativo, CAF c/ RCA 3+/4+, celularidade vítrea. Em OE: phthisis bulbi. Na fundoscopia do OD havia vitreite +/4+, coroidite multifocal difusa, vasculite periférica. OE impossível avaliação. A acuidade visual corrigida era 0,1/NPL e a tonometria era 15/7mmHg. A AGF demonstrou: Hiperfluorescência no disco e em leakage no polo posterior, vasculite periférica. Nos exames complementares apresentava: Hemograma, VHS, PCR, FAN, FR, anti-HIV, VDRL, FTA-ABS, toxoplasmose (IGM e IGG), ANCA e TC de tórax dentro da normalidade. PPD era reator em 15mm. Com diagnostico presumido de Tuberculose ocular foi iniciado tratamento com RIPE associado a tratamento tópico com Dexametasona e Tropicamida. Após o inicio do tratamento paciente referia melhora da acuidade visual (AV c/c 0,4). Após 30 dias de medicação, queixou piora da visão (AV c/c 0,2). Nesse momento o exame de fundoscopia apresentava acentuação importante da vitreíte, inciado corticoterapia oral 1mg/kg/dia. Ao fim do tratamento, apresentou melhora da coroidite e da vitreíte, com acuidade final de 0,6 em OD. No momento se encontra em acompanhamento da oftalmologia e infectologia.
Conclusão
Importância do reconhecimento da reação paradoxal ao se iniciar o tratamento para pacientes com diagnostico de Tuberculose ocular.
ANVISA: 25352012367201880