Código
RC224
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital São Julião
Autores
- STELA MARIS MENEGOTTO ASATO (Interesse Comercial: NÃO)
- SAMUEL SOARES GOULART (Interesse Comercial: NÃO)
- MARCO ANTONIO BONINI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RELATO DE CASO: DISTROFIA VITELIFORME DO ADULTO BILATERAL
Objetivo
Descrever quadro clínico compatível com distrofia viteliforme do adulto bilateral.
Relato do Caso
MCS, feminino, 65 anos, parda, queixa-se de baixa acuidade visual central estável há 5 anos. Ao exame oftalmológico: Acuidade visual com correção de 20/100 (OD) e 20/60 (OE). Exame do segmento anterior sem alterações (AO). Tonometria de 12 mmHG (AO). Fundoscopia apresentava lesão subrretiniana amarelada em região foveal (AO). Realizado OCT de mácula bilateral evidenciando lesões hiperrefletivas acima do epitélio pigmentar da retina associado a descolamento da retina neurossensorial e perda parcial do contorno foveal. Diante destes achados, a principal hipótese diagnóstica é a Distrofia Viteliforme do Adulto.
Conclusão
A Distrofia Viteliforme do adulto é uma patologia macular relativamente incomum. Manifesta-se tipicamente entre 30 e 50 anos de idade, apresentando-se com depósitos amarelados subfoveais bilaterais, com uma mancha central pigmentada. É uma doença clinicamente heterogênea, com variabilidade na forma, tamanho, pigmentação e distribuição macular das lesões. Ainda apresenta-se como um desafio diagnóstico na prática clínica do oftalmologista. Demonstrou-se que a OCT fornece informações valiosas em seu diagnóstico, podendo distingui-la de outras formas de degeneração. Embora não exista tratamento específico, recomenda-se que os pacientes sejam monitorados uma ou duas vezes por ano. O prognóstico é bom devido a lenta progressão e a manutenção de uma visão adequada até o final do processo da doença, porém pode ocorrer prejuízo visual devido atrofia corirretiniana a neovacularização de coroide.
ANVISA: 25352012367201880