Código
RC184
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto de Olhos Hospital Universitário Ciências Médicas
Autores
- ARTHUR MOREIRA DE FREITAS (Interesse Comercial: NÃO)
- BRUNA STEFANE SILVA COTTA (Interesse Comercial: NÃO)
- TEREZA CRISTINA MOREIRA KANADANI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CORIORRETINOPATIA SEROSA CENTRAL RECORRENTE: DESAFIO TERAPEUTICO
Objetivo
Relatar o caso de um paciente que apresentou coriorretinopatia serosa central crônica e a sua involução com terapêuticas distintas.
Relato do Caso
No ano de 2013, paciente WN, 32 anos, oficial da polícia militar, compareceu em consulta oftalmológica com queixa de metamorfopsia e embaçamento visual no olho esquerdo (OE) há 01 mês. Ao exame oftalmológico completo, evidenciou-se acuidade visual de 20-100 no OE e 20-20 no OD. Na fundoscopia do OE foi observado descolamento de retina neurossensorial macular e na angiofluoresceinografia (AFG) evidenciou um ponto de leakage com impregnação durante todo o exame. Esse achado também foi mostrado na tomografia de coerênciaóptica (OCT). Por ser o primeiro episódio do paciente, optou-se por não realizar intervenção terapêutica, acompanhando a resolução do quadro espontaneamente, o que foi alcançado após 30 dias. Em 2016, paciente retornou com as mesmas queixas supracitadas. Novamente, realizamos OCT e AFG que salientaram alteração compatível com evento prévio. Realizou-se a fotoestimulação do epitélio pigmentar da retina (EPR) na área de vazamento, com melhora dos sintomas em 20 dias. Após 2 anos, paciente compareceu com a mesma sintomatologia, porém com OCT e AFG salientando descolamento do EPR do descolamento da retina neurossensorial. Prescrito espironolactona 50 mg por 03 meses. A resolução completa se deu após 60 dias, com melhora do líquido subretiniano e do descolamento do EPR. Suspenso medicamento e, até o momento, paciente sem novos episódios.
Conclusão
A coriorretinopatia serosa central (CSC) é decorrente do acúmulo de fluidos na retina, com consequente descolamento da retina neurossensorial na região macular. Os indivíduos comumente afetados são homens na faixa etária entre 20 e 40 anos, submetidos a estresse mental e uso de esteróides. Neste caso, os tratamentos empregados tiveram bons resultados em relação ao prognóstico do paciente, tanto visual quanto anatômico. Contudo, necessitam-se de estudos para melhor avaliar a superioridade entre as terapêuticas disponíveis.
ANVISA: 25352012367201880