Sessão de Relato de Caso


Código

RC024

Área Técnica

Córnea

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Fubog

Autores

  • RAFAEL RESENDE DO VALE (Interesse Comercial: NÃO)
  • Francisco Wellington Rodrigues (Interesse Comercial: NÃO)
  • Jhonatan Almeida e Silva Pereira (Interesse Comercial: NÃO)

Título

OS DESAFIOS DA SINDROME DE STEVENS-JOHNSON OCULAR

Objetivo

Descrição de um interessante caso da síndrome de Stevens-johnson ocular e discussão da complexidade do tratamento dessa patologia

Relato do Caso

Paciente de oito anos de idade sem antecedentes médicos abriu quadro de síndrome de Stevens-johnson após uso de dipirona em outubro de 2014. Ficou internada em unidade de terapia intensiva por 28 dias. Após melhora do estado geral é encaminhado ao serviço da Fubog para avaliação do quadro ocular em março de 2015. Apresentava ao exame de olho esquerdo: entrópio, simbléfaro, córnea conjuntivalizada, fibrose intensa de pálpebras e olho seco severo. Acuidade visual de 20/400. Olho direito com alterações cicatriciais e de olho seco mais leves, acuidade visual de 20/60. Optou-se pela abordagem prioritária no olho mais afetado (olho esquerdo). Primeiramente, a equipe da plastica realizou reconstrução de pálpebra inferior com mucosa labial e pele retroauricular em maio de 2015. O procedimento melhorou substancialmente o entrópio e a fibrose palpebral. Em seguida, foi feito simblefaroplastia em novembro de 2015, melhorando a restrição causada pelo simbléfaro. Da parte corneana, já havia sido indicado transplante de limbo com membrana amniótica, mas enquanto aguardava liberação da cirurgia, a paciente evoluiu com perfuração espontânea necessitando de transplante de córnea e limbo de urgência em fevereiro de 2016. No pós operatório imediato evoluiu bem, com transplante claro e sem falência, mas 2 meses após o transplante ocorreu nova perfuração ocular espontânea, sendo feito novo transplante de córnea. Após esse último procedimento não apresentou mais complicações. Transplante sem rejeição, claro, com superfície ocular em bom aspecto. Acuidade visual atual nesse olho 20/60. Aguarda abordagem do outro olho.

Conclusão

Os casos de síndrome de Stevens-johnson ocular são complexos e exigem um tratamento multidisciplinar e cauteloso visando o melhor resultado visual para os pacientes. Muitas vezes necessitando de múltiplos procedimentos para se chegar em um resultado satisfatório a longo prazo.

Promotor

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