Sessão de Relato de Caso


Código

RC100

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Unicamp

Autores

  • GABRIELA CARNEIRO TEIXEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Taiane Kelly Lima da Silva (Interesse Comercial: NÃO)
  • Frederico Castelo Moura (Interesse Comercial: NÃO)

Título

EDEMA DE PAPILA SECUNDARIO A HIPOTONIA OCULAR POR DESCOLAMENTO DE COROIDE POS-TRAUMATISMO OCULAR

Objetivo

Discutir as consequências da hipotonia ocular e a importância do manejo precoce em situações de traumatismo ocular.

Relato do Caso

Mulher, 27 anos, referiu baixa visual e dor em olho direito (OD) após trauma contuso com tampa de garrafa. Exame inicial: acuidade visual (AV) conta dedos a 1 metro e 0,6 em olho esquerdo (OE) sem correção. Biomicroscopia (BIO): hiperemia conjuntival, hifema 5 mm e corectopia, pressão intraocular (PIO) 03. Impossível visualizar fundo de olho (FO) OD, ultrassonografia ocular revelou ecos vítreos sugestivos de hemorragia vítrea e descolamento de coróide (DC). Tratamento inicial: prednisona oral 60 mg/dia, tropicamida colírio 3 vezes/dia e prednisolona colírio 2/2 horas. Após 1 semana, houve reabsorção do hifema, PIO 06 e DC discreto inferior. Gonioscopia OD: ciclodiálise temporal e sangue inferior. Mantido tratamento, e após 7 dias houve melhora da AV para 0,3. Iniciou-se a regressão da corticoterapia. No retorno seguinte, 3 semanas pós-trauma, a PIO era 02. Mapeamento de retina: membrana epirretiniana macular (MER) e disco óptico(DO) com edema e tortuosidade vascular. O corticóide oral foi mantido em 30 mg/dia e o colírio retornou para 2/2 horas. 4 semanas após o trauma: AV OD 0,6 e PIO 08. BIO sinéquia posterior às 7 horas, FO: ausência de DC, MER macular e DO com edema discreto. Campo visual 24-2 OD: aumento da mancha cega. Levantada hipótese de edema de papila secundário à hipotonia ocular, reiniciada a regressão do corticóide oral e tópico. Paciente mantém acompanhamento com equipe de Neuroftalmologia.

Conclusão

Edema de papila secundário a hipotonia ocular é frequentemente descrito em associação com maculopatia hipotônica após trabeculectomia, entretanto pode ocorrer em outras condições, como traumatismo ocular. É decorrente de alterações no gradiente pressórico através da lâmina cribosa, por diminuição da PIO no caso da hipotonia ocular, ou em caso de aumento da pressão intracraniana causando aumento da pressão retrolaminar. O tratamento precoce da hipotonia ocular visa diminuir o declínio visual.

Promotor

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