Sessão de Relato de Caso


Código

RC108

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Quarteirão da Saúde de Diadema

Autores

  • PRISCILLA BARROS POUBEL (Interesse Comercial: NÃO)
  • ANA LAURA DE ARAÚJO MOURA (Interesse Comercial: NÃO)
  • SELMA VITAL (Interesse Comercial: NÃO)

Título

MIASTENIA GRAVIS COM ACOMETIMENTO OCULAR EM CRIANÇA: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de Miastenia Gravis (MG) com acometimento ocular, com início dos sintomas aos 7 anos de idade

Relato do Caso

ETOS, 7 anos, parda, feminino, procedente de Diadema-SP, atendida no setor de Neuroftalmologia com queixa de queda palpebral súbita, inicialmente em olho esquerdo (OE) e após uma semana em olho direito (OD), de caráter flutuante, que piorava ao final do dia. Os sintomas haviam iniciado há um mês, após resfriado comum. Negava antecedentes pessoais. Ao exame físico, apresentava acuidade visual de 20/20 em ambos os olhos (AO), com ausência de desvio ocular ao cover test para perto e longe em posição primária do olhar. Apresentava ptose leve bilateral, pior em OE. O Teste da fadiga mostrava piora da ptose após olhar sustentado para cima, e melhora após 10 segundos com os olhos fechados. No exame motricidade ocular extrínseca (MOE), apresentava limitações de abdução (-2) em OD, de adução em OE (-2), e de elevação (-2) em AO. Pupilas isocóricas, com reflexos preservados e simétricos. Negava queixas sistêmicas. Foi aventado o diagnóstico de MG e solicitada avaliação Neuropediátrica. A radiografia de tórax e ressonância de crânio não evidenciaram alterações. A eletroneuromiografia revelou resposta decremental significativa, compatível com o diagnóstico referido. Foi, então, iniciado Piridostigmina e corticoide sistêmico. Reavaliada após três meses, referiu melhora da fatigabilidade, porém mantendo ptose leve em OE, pior ao olhar para cima, mas sem ocluir eixo visual. Ao exame da MOE, apresentou limitação da abdução (-1) em OD e da elevação (-2) em AO. Foi mantida a Piridostigmina e suspenso o corticoide. Em seguimento por um ano, não apresentou sintomatologia sistêmica.

Conclusão

A MG é rara na infância, compreendendo 10 a 20% dos pacientes com a doença, sendo o início dos sintomas, em sua maioria, iniciados após os 10 anos de idade. Apesar disso, é importante tê-la como diagnóstico diferencial em casos de ptose e alterações da MOE. Isso permitirá o diagnóstico e início precoce do tratamento, possibilitando melhor qualidade de vida ao paciente.

Promotor

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