Código
RC223
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO MACKENZIE
Autores
- ANGELO ANTONIO DE BORBA (Interesse Comercial: NÃO)
- CAIO CEZAR GAZIM (Interesse Comercial: NÃO)
- LUIS AUGUSTO ARANA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
REGRESSAO DA MACULOPATIA SECUNDARIA A FOSSETA DE PAPILA APOS VITRECTOMIA VIA PARS PLANA
Objetivo
Avaliar a regressão da maculopatia pela fosseta e a melhora da acuidade visual de um paciente após ser submetido a cirurgia de vitrectomia via pars plana
Relato do Caso
Paciente feminina de 27 anos, previamente hígida, com história de baixa acuidade visual em olho esquerdo (OE), 20/200, há 6 meses, e olho direito (OD) 20/20. Negava história de cirurgias ou traumas oculares prévios. Chega ao serviço tendo realizado 2 injeções de Bevacizumabe, em OE, por edema macular. Realizado exame de tomografia de coerência óptica (OCT), com diagnóstico de maculopatia secundária a fosseta papilar. Assim, optou-se pela realização da vitrectomia via pars plana (VVPP) com peeling de mácula e infusão de gás perfluoropentano (C3F8). Após 3 meses do procedimento, houve melhora da acuidade visual em OE, 20/60, assim como a regressão da maculopatia na autofluorescência e no OCT. Aos 8 meses de acompanhamento constatou-se acuidade visual de 20/30 com regressão da maculopatia secundária a fosseta de papila, tanto na autofluorescência quanto no OCT.
Conclusão
A fosseta do disco óptico é uma anomalia congênita rara do disco óptico, com uma prevalência estimada de 2 em 10.000 casos onde, histologicamente, a retina displásica hernia através de um defeito na lâmina crivosa. Ao exame de fundo de olho, aparece como uma depressão ovalada no segmento temporal do disco. Pode estar relacionada a maculopatia, evoluindo com perda visual progressiva. A incidência da fosseta papilar, geralmente, é unilateral e esporádica, sendo o desenvolvimento para a maculopatia incerto. A maculopatia é causada pelo acúmulo de um fluido intra e subrretiniano. Pacientes com acúmulo de líquido subrretiniano apresentam evolução com pior prognóstico, sendo a intervenção cirúrgica, uma das opções de tratamento. Já os pacientes que cursam com acúmulo de líquido intrarretiniano, permanecem estáveis com a observação clínica. A relevância desse trabalho está na evolução favorável da acuidade visual, além da comprovação por exames de imagem da resolução da maculopatia secundária a fosseta de papila após a vitrectomia.
ANVISA: 25352012367201880